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Correlação do nível de alfa-feto proteína, índice de sobrevida e recidiva tumoral em pacientes submetidosa transplante hepático

RACIONAL: O transplante hepático para carcinoma hepatocelular pode resultar em potencial cura e melhora da sobrevida comparado com operações conservadoras. OBJETIVO: Analisar os índices de recorrência e sobrevida em pacientes transplantados hepáticos por carcinoma hepatocelular e com níveis séricos de alfa-fetoproteína maiores que 200 ng/ml. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente 90 pacientes cirróticos com carcinoma hepatocelular submetidos à transplante hepático ortotópico entre 1997 e 2009. As lesões hepáticas foram diagnosticadas no pré-operatório por ultrassonografia com Doppler, tomografia computadorizada e níveis séricos de alfa fetoproteína. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o nível de alfa-fetoproteína (menor ou maior que 200 ng/ml. O método de Kaplan-Meier foi usado para calcular a taxa de sobrevida. A análise de regressão Cox estudou os fatores preditivos de sobrevida. RESULTADOS: Pacientes com alfa-fetoproteína maior que 200 ng/ml (n=6) apresentaram menor taxa de sobrevida em um e cinco anos e na média de meses comparados com o grupo com alfa-fetoproteína menor que 200 ng/ml (n=84); respectivamente 35%, 18% e 11,8 meses contra 68%, 43% e 28,1 meses. Além disso, a taxa de recidiva foi 16,6% no primeiro grupo, e de 5,6% no outro. Observouse risco de óbito de 1% para cada 10 u de alfa-fetoproteína>200 ng/ml e para cada mm da maior medida de tumor acima de 28 mm. CONCLUSÃO: Os pacientes com valores séricos de alfa-fetoproteína maiores que 200 ng/ml demonstraram menores taxas de sobrevida, porém não foi preditivo de recidiva tumoral.

Carcinoma hepatocelular; Transplante de fígado; Recidiva; Sobrevida


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