RESUMO
Racional:
Os procedimentos pediátricos têm dificuldade de serem realizados em espaços reduzidos. O treinamento nesses espaços provou ser diferente em dificuldade em comparação aos endotrainers laparoscópicos adultos.
Objetivo:
Desenvolver e validar um novo endotrainer neonatal com espaço reduzido.
Métodos:
O simulador foi criado, testado e avaliado por usuários com diferentes níveis de habilidade e experiência em cirurgia pediátrica laparoscópica por meio de um questionário de oito itens. A validação do método foi determinada pela avaliação do desempenho de cada participante em nove exercícios.
Resultados:
Foi criado um simulador acrílico de 10,5 x 10 x 18 cm, com uma superfície de trabalho interna de 9 x 9 cm. Uma câmera HD foi incorporada com faixa de movimento de 0-180°. Todos os exercícios do Programa de Treinamento Laparoscópico Básico foram adaptados em escala de 1:0,5 para se ajustarem. Dos 49 participantes, 42 (85,71%) responderam à pesquisa; 80,5% consideraram que o simulador reproduz condições semelhantes às de procedimentos realizados em crianças menores de um ano; 61,1% consideraram que o simulador representa dificuldade semelhante aos procedimentos realizados em recém-nascidos; 73,7% consideraram que o simulador neonatal é mais difícil que o simulador adulto. Especialistas apresentaram desempenho significativamente melhor em todos os exercícios propostos.
Conclusão:
O simulador possui imagem de alta qualidade e design que permitem o treinamento com exercícios básicos. O aparelho permitiu discriminar entre os diferentes níveis de habilidade e foi bem avaliado por usuários com experiência cirúrgica diversificada.
DESCRITORES:
Simulador pediátrico; Simulador neonatal; Simulador básico; Simulação; Educação cirúrgica