RESUMO

Com o objetivo de avaliar o efeito da nutrição parenteral total associada à glutamina e da fluidoterapia enteral, associada ou não à glutamina, sobre o lipidograma de equinos submetidos à inanição (fase 1) e realimentação (fase 2), foram utilizados 16 equinos adultos hígidos, sem raça definida, com idade variando entre quatro e 14 anos e peso médio de 248,40 ± 2,28kg, divididos em quatro grupos experimentais, quatro animais por grupo: grupo ENTGL: fluidoterapia enteral com eletrólitos associada à glutamina; grupo II PARGL: nutrição parenteral total associada à glutamina; grupo ENTFL: fluidoterapia enteral com eletrólitos; e grupo PARFL: fluidoterapia parenteral. Este estudo foi dividido em duas fases: fase 1 e fase 2. A fase 1 consistiu na realização da laparotomia exploratória e no início da inanição, além da administração dos tratamentos, de acordo com o grupo; a fase 2 consistiu na realimentação dos animais. Os valores de colesterol total se mantiveram dentro da faixa de normalidade para a espécie durante todo o período experimental, porém houve discreta elevação ao longo da fase 1, seguida de diminuição dos valores na fase 2. Hipertrigliceridemia nos grupos ENTFL, ENTGL e PARFL durante a fase 1 ocorreu em decorrência do equilíbrio energético negativo. O fornecimento de fluidoterapia enteral com eletrólitos e uma fonte de energia, associada ou não à glutamina, ou o de fluidoterapia parenteral não foram efetivos em reverter os efeitos do equilíbrio energético negativo. Dessa forma, protocolos terapêuticos que associem fluidoterapia enteral ou parenteral por períodos prolongados e privação alimentar necessitam de suporte nutricional adicional para evitar os efeitos deletérios do equilíbrio energético negativo

Palavras-chave:
hipertrigliceridemia; nutrição clínica; privação alimentar