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Impacto das técnicas de mobilização do ângulo esplênico sobre o alongamento do cólon esquerdo para a anastomose colorretal: estudo em cadáver

CONTEXTO: A deiscência de uma anastomose colorretal representa uma complicação possivelmente fatal na cirurgia colorretal. A mobilização da flexura esplênica pode contribuir para reduzir a ocorrência de complicações da anastomose secundárias a falhas técnicas. Não há trabalhos publicados medindo o impacto da mobilização da flexura esplênica no comprimento do cólon mobilizado viável para a confecção de uma anastomose segura. OBJETIVO: determinar o efeito de duas técnicas de mobilização da flexura esplênica no aumento do comprimento do cólon durante colectomia esquerda aberta, utilizando modelo em cadáver. DESENHO: Dissecções anatômicas para a colectomia esquerda e anastomose colorretal ao nível do promontório sacral foram conduzidas em 20 cadáveres frescos pelo mesmo grupo de quatro cirurgiões. O efeito da mobilização da flexura esplênica parcial e total na extensão do segmento do cólon esquerdo mobilizado foi determinado. LOCAL: Centro Médico da Faculdade de Medicina, São Paulo (SP), Brasil. Instituição médica terciária e hospital universitário. PARTICIPANTES: Um time de quatro cirurgiões operando em 20 cadáveres frescos. RESULTADOS: O comprimento do cólon esquerdo dissecado permitindo uma anastomose sem tensão ao nível do promontório sacral sem a mobilização da flexura esplênica foi de 46,3 (35-81) cm. Após a mobilização parcial da flexura esplênica, um segmento adicional de cólon medindo 10,7 (2-30) cm foi obtido. Após a mobilização completa do cólon transverso distal, um segmento em média de 28,3 (10-65) cm foi obtido. CONCLUSÃO: Técnicas de mobilização da flexura esplênica estão associadas a um aumento efetivo no comprimento do cólon esquerdo para anastomoses colorretais. Esse resultado pode contribuir na tomada de decisões durante a cirurgia retal e anastomoses colorretais baixas e coloanais.

Colectomia; Cólon transverso; Neoplasias retais; Cadáver


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