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“A todos nos coube viver a crueldade deste tempo”. Da esfera íntima à histórica, a voz do poeta partilhada

“Living this time’s cruelty is everyone’s duty”. From intimacy to history, the poet’s voice shared

Resumo

Em dezembro de 1958, Rafael Alberti recebe uma carta anônima escrita em uma prisão na Espanha. Em junho de 1959, vem à luz sua resposta, “Carta a los presos de España”. A leitura dessas correspondências, trocadas quando o poeta estava exilado na Argentina, desvela intenções que ultrapassam o âmbito íntimo, expectativa primeira criada pelo gênero textual. Propomos ler essas cartas numa perspectiva mais ampla, o que implica refletir sobre os limites da ação do poeta e da poesia; e considerar a conjuntura histórica na passagem dos anos 50 para os 60, quando não se pode ignorar o papel dos intelectuais detidos em prisões espanholas, o movimento pela anistia de presos políticos na Espanha e em Portugal e o acirramento das tensões ideológicas decorrentes da Guerra Fria.

Palavras-chave:
Cartas; escrita íntima; poesia; exílio; história

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