Acessibilidade / Reportar erro

Epilepsia secundária a lesões destrutivas hemisféricas congênitas: achados clínicos e relevância de atrofia hipocampal associada

Analisamos os achados clínicos, de EEG e RM de 19 pacientes com epilepsia secundária a insultos destrutivos hemisféricos congênitos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: 10 com lesões císticas (grupo 1), e 9 com lesões atróficas (grupo 2). As características das crises e achados de EEG foram similares entre os dois grupos exceto pelo fato dos pacientes do grupo 2 terem apresentado mais comumente crises com mais de um padrão semiológico. A RM mostrou sinal T2 hiperintenso estendendo-se ao redor da lesão e à distância em quase todos os pacientes de ambos os grupos, de modo mais extenso no grupo 2. Observou-se atrofia hipocampal (AH) associada em 70% dos pacientes do grupo 1 e 77,7% do grupo 2 e não houve correlação com a duração da epilepsia ou freqüência das crises. Houve boa correlação entre a AH e localização eletroclínica. A alta prevalência de AH associada em ambos os grupos sugere uma patogenia comum com a lesão mais óbvia. Estes achados indicam que alguns destes pacientes com extensas lesões destrutivas, particularmente aqueles com lesões císticas e AH, a zona epileptogênica pode ser mais circunscrita possibilitando a indicação de uma ressecção restrita para o controle das crises.

epilepsia; ressonância magnética; atrofia hipocampal


Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.arquivos@abneuro.org