O autor analisa a contribuição da teoria da libido, postulada por Freud, para o esclarecimento de certos problemas básicos da psicopatologia. Refere-se aos trabalhos fundamentais sôbre os instintos sexuais na primeira fase do movimento psicanalítico, sobretudo às contribuições pioneiras de Freud e Abraham. Após mencionar o movimento dissidente de Adler e Jung, passa a estudar a contribuição dos neopsicanalistas de orientação culturalista (Horney, Fromm, Kardiner, Sullivan), comentando seu ponto de vista fundamental: a predominância dos fatôres socioculturais e desvalorização do "biológico" na personalidade normal como na mórbida, sobretudo no âmbito da psicologia social e na moderna antropologia cultural. O autor procura analisar problemas tão complexos em têrmos de convergência e não como oposições rígidas entre o biológico e o sociocultural, admitindo que o aspecto instintivo da personalidade tem grande importância mas não esgota os problemas psicodinâmicos extremamente complexos da personalidade total.