Pessoas com epilepsia têm sido desencorajadas a participar de atividades físicas por medo que o exercício físico possa exacerbar as crises epilépticas. Apesar dos efeitos benéficos do exercício físico aeróbico em pessoas com epilepsia, informações em relação à intensidade do exercício têm sido pouco estudadas. Neste estudo, investigamos o efeito do exercício físico incremental até a exaustão (teste ergométrico) em pessoas com epilepsia. Dezessete pessoas com epilepsia do lobo temporal e vinte e um indivíduos saudáveis (controles) participaram do estudo. Os dois grupos foram submetidos a ecocardiograma e eletrocardiograma em repouso e durante o esforço físico. Nenhum indivíduo com epilepsia apresentou crises durante o esforço físico ou no período de recuperação do teste ergométrico. Ambos os grupos apresentaram respostas fisiológicas da frequência cardíaca e pressão arterial durante os diferentes estágios do teste de esforço. Somente algumas pessoas com epilepsia apresentaram alterações ecocardiográficas e eletrocardiográficas em repouso ou durante o esforço. Em conclusão, este estudo sugere que o esforço físico exaustivo parece não ser um componente indutor de crises epilépticas.
epilepsia; exercício; teste ergométrico; crises epiléticas; paciente; esforço físico máximo