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A fronteira do carvão: siderurgia e floresta em Minas Gerais (Brasil) no século XX

Resumo

Com foco na indústria siderúrgica a carvão vegetal no Vale do Rio Doce (leste de Minas Gerais), o artigo propõe compreender a relação entre as grandes siderúrgicas e a devastação da Mata Atlântica. Estudos sobre a indústria siderúrgica que destacam a pressão exercida sobre a Mata Atlântica pelas carvoarias são quase inexistentes. Nesse sentido, recorrendo a relatórios técnicos, estatísticas oficiais, periódicos e outras fontes de mídia e centrando à atenção na empresa Belgo-Mineira, destaca-se um conjunto de dados que nos permite mensurar os impactos da indústria siderúrgica a carvão vegetal sobre a floresta. O resultado principal são as estimativas de extração florestal para servir a indústria siderúrgica entre 1936 e 1954. Os dados desta pesquisa mostram que a indústria siderúrgica a carvão vegetal deu um aspecto distinto ao fenômeno da fronteira em razão da centralidade do carvão.

Palavras-chave:
Fronteira do carvão; Indústria siderúrgica; Mata Atlântica; Mineração; Carvoeiros

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