Os bioensaios de toxicidade com amostras ambientais avaliam as respostas dos organismos teste frente a possíveis poluentes. Ocorrem em complementação às análises limnológicas da água e sedimento, uma vez que estas apenas identificam e quantificam as diferentes substâncias nestes compartimentos aquáticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade das amostras de sedimentos dos seis reservatórios em cascata do sistema Tietê (SP) - Brasil, através de bioensaios de toxicidade crônico-parciais utilizando como organismos-teste larvas de Danio rerio. A histologia das brânquias e as medidas biométricas foram as ferramentas utilizadas para averiguar o problema ambiental. As alterações branquiais detectadas foram de primeiro grau (hiperplasia, junção lamelar e excesso de células mucosas) e pouco acentuadas nos últimos reservatórios. As análises biométricas demonstraram condições inadequadas ao desenvolvimento dos organismos testes frente a possíveis poluentes biodisponíveis nos sedimentos dos rios e primeiros reservatórios, confirmando a melhoria das condições ambientais ao longo da cascata. Isto também pode ser confirmado através das análises químicas dos sedimentos deste sistema.
