Um estudo de coorte retrospectivo foi realizado com o intuito de avaliar o grau de sucesso dos tratamentos endodônticos realizados na Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco, Brasil. Os prontuários foram obtidos de todos os pacientes atendidos em 1998 e 1999. Os exames foram padronizados e um estudo piloto foi desenvolvido para determinar a confiabilidade do estudo proposto. O teste Qui-Quadrado e o Exato de Fisher's foram usados para calcular o nível de significância que foi previamente estabelecido em 5%. O modelo de regressão logística foi utilizado para confirmar o efeito de algumas variáveis sobre a terapia endodôntica. O tamanho da amostra final foi de 311 (75,9%) de mulheres e 99 (21,1%) de homens. A maioria dos casos (82,9%) foi considerada sucesso. O sucesso foi menos frequente nos pacientes com até educação infantil incompleta (55,6%) do que aqueles com maior grau de instrução (89,7%). Os tratamentos realizados em dentes portadores de polpa viva determinaram os melhores resultados com diferença estatística significativa (p<0,05). Esses resultados sugerem que é possível se obter um alto grau de sucesso do tratamento endodôntico quando as causas de insucesso intra e extraradicular são bem controladas.
