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Avaliação antimicrobiana de nanopartículas de prata usando extratos de Crescentia cujete L.

Resumo

Novos agentes redutores naturais com menor impacto negativo ao meio ambiente e com alto potencial antimicrobiano são necessários para o processo de obtenção de nanopartículas de prata, pelo método de redução química. O uso de extratos vegetais pode ser um caminho rápido na formação de nanopartículas. Nesse caso, compostos orgânicos como terpenos, flavonoides, enzimas, proteínas e cofatores presentes nas plantas atuam como agentes redutores dos nanomateriais. Esta pesquisa avaliou a propriedade antimicrobiana de nanopartículas de prata de extratos de Crescentia cujete L. A presença de quercetina (flavonoide) foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC); a produção de nanopartículas de prata (AgNPs) foi estabelecida por síntese verde; o tamanho e a morfologia dos nanomateriais foram avaliadas dos por microscópio eletrônico de varredura (SEM). A capacidade antimicrobiana foi estudada por dois métodos de análise: meio de cultura modificado e semeadura em superfície. Foi evidenciada a presença de quercetina (26,55 mg L-1) no extrato bruto de Crescentia cujete L., identificada por HPLC. A formação das nanopartículas foi esférica, com tamanho médio de 250 ± 3 e 460 ± 6 nm. Culturas microbiológicas com tratamento mostraram 94% de inibição microbiana. Assim, concluiu-se que as folhas de Crescentia cujete L. apresentam uma concentração aceitável de quercetina para ser utilizada como um adjuvante útil para potencializar a redução da síntese de NPs. As nanopartículas produzidas pela síntese verde provaram ter um efeito positivo no combate a microrganismos patogênicos.

Palavras-chave:
HPLC; quercetina; nanomaterial; síntese verde; agente antimicrobiano

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