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Influência do «parcelamento» na secagem do café

Influence of the intermittent drying on coffee

Em continuação a trabalhos anteriores, em 1956 foram planejadas e executadas duas séries de ensaios, com café da variedade «Bourbon Vermelho». Na primeira série, de pequenos intervalos, a matéria-prima constituiu-se de cerejas despolpadas, temperaturas de 45, 60 e 75ºC e períodos de secagem e de descanso de 1/2 x 1 hora, 1/2 x 2 horas, 1x2 horas, 1x4 horas e secagem contínua. Na segunda série, de grandes intervalos, utilizaram-se cerejas despolpadas, cerejas não despolpadas e café de «derriça», temperatura de 65ºC e períodos de secagem e descanso de 2 x 10 horas, 4 x 10 horas e secagem contínua. Nova série de ensaios foi realizada em 1961, com café em cerejas despolpadas e não despolpadas, da variedade «Mundo Nôvo», temperatura de 45, 60 e 75°C, tempos de secagem de 1, 2, 3 e 4 horas, com descanso até resfriamento, aproximadamente de 30ºC e secagem contínua. Resultados de testes organolépticos não revelaram diferenças significativas. Com base nos elementos colhidos nesses ensaios, conclui-se que: a) o parcelamento reduziu o tempo total de secagem, sehdo essa redução de tempo maior para as cerejas não despolpadas; b) no parcelamento, quanto mais baixa foi a temperatura de secagem, tanto maior a redução do tempo total de secagem; c) quanto maior o número de parcelamentos, maior a redução no tempo total de secagem; d) quando os períodos de descanso foram maiores, para um mesmo parcelamento, o tempo total de secagem foi menor; e) o parcelamento da secagem possibilitou o aumento do rendimento do secador e de sua capacidade de secagem; f) o parcelamento excessivo tornou a operação de secagem pouco prática e trabalhosa.


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