Resumo
Introdução
A fragilidade é considerada uma das principais condições enfrentadas pelas sociedades que envelhecem. Poucos estudos têm explorado as transições entre os diferentes estados de fragilidade nos países em desenvolvimento.
Objetivo
Identificar os fatores associados às transições de estado de fragilidade dos idosos no Brasil no período entre 2006 e 2010.
Método
A presente investigação é parte do estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento). O estado de fragilidade foi classificado de acordo com os critérios da Fried (não frágil, pré-frágil e frágil). A amostra final era composta por 1.399 indivíduos que representam 1.019.243 idosos na cidade de São Paulo. Modelos de regressão logística binária múltiplo foram estimados para identificar os fatores associados às mudanças no estado de fragilidade.
Resultados
As mulheres eram mais propensas a declinar para o estado de fragilidade. No modelo de pré-frágil para não frágil, o nível de escolaridade foi o fator mais fortemente relacionado. Aumento na idade e dificuldade em pelo menos uma atividade básica de vida diária reduziram em 9% e 64% o risco de se tornar não frágil, respectivamente.
Conclusão
Abordar os fatores associados com as transições de estados de fragilidade entre idosos é essencial. Adequadas intervenções são importantes para reduzir vulnerabilidade e melhorar a saúde e bem-estar dos idosos.
Palavras-chave:
envelhecimento; fragilidade; transições; fatores de risco; Brasil