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A extensão do ‘agro’ e do tóxico: saúde e ambiente na terra indígena Marãiwatsédé, Mato Grosso

The extension of ‘agro’ and toxic: the health and environmental in indigenous land Marãiwatsédé, Mato Grosso

Resumo

Introdução

As monoculturas agrícolas são relacionadas ao uso de agrotóxicos, que poluem o ambiente e as pessoas, de regiões agrícolas. No nordeste do estado de Mato Grosso, a Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé, território da etnia Xavante foi ocupada na década de 1950 por não-indígenas e teve seu ambiente modificado pela agropecuária até a desintrusão em 2012. Quando os Xavante retornaram para seu território, uma denúncia de óbitos infantis por suspeita de poluição da água por agrotóxicos motivou este estudo.

Objetivo

Verificar resíduos de agrotóxicos na água e discutir a dinâmica de inserção da agropecuária na TI e região.

Método

Foi quantificada a área plantada, o consumo de agrotóxicos, análises químicas na água e caracterizado o ambiente da TI e entorno.

Resultados

A área plantada e o consumo de agrotóxicos da região da TI aumentou anualmente. Foi detectado resíduo de 0,19 μg/L de permetrina na água. Havia lavouras em atividade nos limites da TI.

Conclusão

Este valor está abaixo do Valor Máximo Permitido pela legislação brasileira, mas no limite da legislação europeia. No entanto, a presença de lavouras em atividade nos limites da TI são fontes constantes de emissão de agrotóxicos, possibilitando novas poluições de “fora para dentro” da TI.

Palavras-chave:
agrotóxico; poluição da água; agronegócio; povos indígenas; Xavante

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