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A teoria nietzschiana da vontade* * Este artigo foi publicado originalmente em inglês no Philosophers’ Imprint, vol. 7, n. 7, setember 2007, p. 2-15. Agradecemos ao Prof. Brian Leiter por ter se disposto a colaborar mais uma vez os Cadernos Nietzscheitalic> enviando um artigo para o número temático sobre Nietzsche e as Tradições morais, assim como pela cessão dos direitos autorais de seu artigo para a tradução portuguesa. Tradução de Daniel Temp. Revisão técnica de Rogério Lopes.

The Nietzschean theory of will

Resumo

O artigo procura mostrar como Nietzsche, a partir de um exame detalhado da fenomenologia do querer, constrói um argumento a favor de sua tese revisionista de que a nossa experiência do querer não rastreia uma relação causal real com nossos atos, disso resultando o colapso da ideia mesma de responsabilidade moral no sentido exigido pelas teorias incompatibilistas da liberdade da vontade. Uma premissa importante do argumento de Nietzsche depende de um Doutrina dos Tipos, segundo a qual todos os nossos pensamentos conscientes têm um estatuto de epifenômeno em relação à psicologia inconsciente e à fisiologia do agente, que por sua vez remete ao tipo psicofísico ao qual cada indivíduo deve ser vinculado. Por fim, procura-se mostrar que a teoria nietzschiana da vontade antecipa certos resultados da psicologia empírica contemporânea.

Palavras-Chave:
Doutrina dos tipos; Fenomenologia do querer; causalidade; moral

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