Resumo:
Objetivo:
A fixação transpedicular evoluiu rapidamente nos últimos 100 anos, porém o deslocamento do parafuso é uma complicação comum que pode resultar em déficits neurológicos ou danos vasculares. Pretendemos correlacionar o deslocamento do parafuso com sintomas radiculares usando a escala de Gertzbein.
Métodos:
Conduzimos um estudo retrospectivo longitudinal observacional em pacientes submetidos à cirurgia de instrumentação lombar à mão livre com assistência de fluoroscopia. Os pacientes foram avaliados com tomografia computadorizada pós-operatória e as posições dos parafusos foram classificadas com a escala de Gertzbein.
Resultados:
A amostra inicial incluiu 99 pacientes. Dos 317 parafusos colocados, 201 não mostraram danos corticais, 105 exibiram invasão variável e 11 invasão severa. 96,5% dos parafusos foram colocados na zona segura, com 8,6% dos pacientes apresentando fraqueza transitório. 3,47% dos parafusos com invasão severa foram observados em 7 pacientes, dos quais 2 sofreram de deficiência motora e dor radicular persistente.
Conclusão:
É crucial prestar atenção à inserção precisa dos parafusos para minimizar o risco de manifestações radiculares. Recomendamos tomografias de controle para garantir a correta inserção dos parafusos e, se necessário, reposicionamento devido ao alto risco de dano neurológico. Nível de Evidência II; Estudo Observacional Retrospectivo.
Descritores:
Parafusos Pediculares; Coluna Vertebral; Dispositivos de Fixação Cirúrgica; Radiculopatia