RESUMO:

Sabe-se que a floricultura é muito importante para o cenário econômico mundial, porém a vida útil de vaso das flores de corte é determinada por um pequeno intervalo de tempo. O estudo procurou avaliar o comportamento espectral durante a degradação foliar de hastes florais de lisianthus (Eustoma grandiflorum) na pós-colheita, em diferentes soluções conservantes, e estimar pigmentos foliares a partir dos dados hiperespectrais. As hastes florais de lisianthus foram submetidas a soluções conservantes de diferentes concentrações de sacarose, glicose, distintos fitormônios e água deionizada. Foram coletadas folhas dessas hastes a cada quatro dias para posterior análise hiperespectral. A fim de analisar o uso dos espectros para detectar o desempenho das soluções conservantes, foi utilizado testes estatísticos em cada comprimento de onda entre estas soluções. Foi avaliado a predição de pigmentos através da razão CAR/CLF (Razão entre Carotenoides e Clorofila) a partir das curvas espectrais, tendo o PLSR e RRMSE como indicadores da eficiência dos resultados. As soluções a base de glicose registraram efeitos positivos na conservação das hastes florais principalmente na dose de 180 g/L. Já as soluções a base de sacarose e fitormônios registraram semelhanças nas curvas espectrais entre as doses, mostrando-se igualdade na conservação das folhas. As análises discriminantes demostraram que houve diferença estatística nas respostas espectrais nas doses para cada solução utilizada. A razão CAR/CLF teve coeficientes razoáveis de 0,6 e RRMSE abaixo de 6,99%. As análises hiperespectrais apresentaram potencial na avaliação da degradação foliar de hastes florais de lisianthus em diferentes soluções pulsing utilizadas na pós-colheita.

Palavras-chave:
espectrorradiometria; pigmentos; senescência