RESUMO
A queixa de memória (QM) é comum em idosos e pode ser confirmada por pessoas próximas a ele, como familiares e cuidadores. Estudos apontam associação entre QM e alterações cognitivas e, nesse sentido, a vulnerabilidade física poderia exacerbá-la. Porém, a relação entre QM e vulnerabilidade física ainda não está clara na literatura.
Objetivo:
investigar a relação entre QM, alterações cognitivas e vulnerabilidade física.
Métodos:
trata-se de um estudo transversal. Foram avaliados 100 idosos com idade igual ou superior a 65 anos. Utilizou-se a Escala de Queixa de Memória (EQM), Exame Cognitivo de Addenbrooke - Revisado (ACE-R), Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Vulnerable Elders Survey-13 (VES-13), Escala de Depressão Geriátrica e questionário sociodemográfico.
Resultados:
os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com os resultados da EQM formas A (idoso) e B (informante). Encontrou-se correlação entre a EQM-A e MEEM (p=.045/ρ=.201), ACE-R Atenção e Orientação (p=.026/ρ=.223) e ACE-R/Visual-Espacial (p=.048/ρ=.199). Na EQM-B encontrou-se correlação entre pontuação total do ACE-R (p=.044/ρ=-.202) e ACE-R/Visual-Espacial. (p=.003/ρ=-.291).
Conclusão:
o relato de QM a partir do informante aponta a necessidade de avaliação mais aprofundada da cognição dos idosos. Assim, para a prática clínica, o rastreio de QM do informante é aconselhado.
Palavras-chave:
queixa de memória; alteração cognitiva; vulnerabilidade física; idosos; informante