RESUMO.
A demência e o comprometimento cognitivo leve vascular (VaMCI) atualmente impõem uma enorme carga humana e econômica aos pacientes de populações envelhecidas e suas famílias em todo o mundo. Compreender a interação dos fatores de risco cardiometabólicos e apolipoproteína E (APOE) pode nos direcionar para uma medicina mais personalizada e de cuidados preventivos em MCI e demência.
Objetivo:
Avaliar a relação dos fatores de risco cardiometabólicos com o MCI e o papel do genótipo APOE em uma coorte de idosos na República Dominicana.
Métodos:
Estudamos uma coorte de 180 participantes com 65 anos de idade ou mais, utilizando uma avaliação combinada de fatores de risco cardiometabólicos, uma bateria de testes neuropsicológicos e genotipagem APOE. Adotou-se o número de testes com mau desempenho para o diagnóstico de MCI.
Resultados:
Verificou-se que os pacientes com o genótipo ε3-ε4 do APOE apresentaram 2,91 vezes mais testes cognitivos com mau desempenho (p=0,027) em comparação com os pacientes com o genótipo ε3-ε3. A taxa de falhas de teste aumentou 10% (p=0,025) por aumento de unidade na porcentagem de HbA1c.
Conclusões:
Níveis mais altos de HbA1c e os genótipos ε3-ε4 do APOE parecem estar associados ao desenvolvimento de VaMCI.
Palavras-chave:
demência vascular; fatores de risco; alipoproteínas E; síndrome metabólica; diabetes mellitus