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Os discursos literários, científicos e filosóficos em C. S. Peirce1 1 O artigo aqui apresentado é uma versão revisada e estendida de uma palestra proferida em 30 de junho de 2023 como contribuição para o colóquio internacional “Filosofia e Literatura” na Escola de Humanidades da Universidade de Nanchang, China. Algumas das ideias aqui desenvolvidas foram parcialmente antecipadas num artigo publicado na revista brasileira Intexto em 2016 com o título “Análise de discurso com Peirce: interpretar, raciocinar e o discurso como argumento” (Nöth, 2016a). Porém, os contextos e as linhas de argumentação desses dois artigos se distinguem significativamente pelos seus focos. O artigo anterior tinha o seu foco na metodologia da semiótica discursiva, enquanto o artigo que segue trata da relação entre os discursos filosóficos, científicos e literários.

Literary, scientific, and philosophical discourse in C. S. Peirce

Resumo

Para Charles S. Peirce (1839-1914), fundador do pragmatismo filosófico e da semiótica moderna, não há antagonismo entre os discursos literário e científico. Ambos os textos literário e científico são signos que propõem argumentos por meio de símbolos, índices e ícones. De modo similar, argumentos científicos e literários exercem uma agência semiótica autônoma e criam suas próprias realidades. O artigo apresenta Peirce como um cientista, bem como um leitor e crítico da literatura mundial e faz um resumo do trívio semiótico peirceano da gramática especulativa, lógica crítica e retórica especulativa e da sua aplicabilidade ao estudo do discurso literário.

Palavras-chave
literatura e filosofia; Charles S. Peirce; semiótica literária; gramática especulativa; lógica crítica; retórica especulativa; interpretação

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