O objetivo deste trabalho foi gerar curvas de deriva a partir de aplicações de agrotóxicos em cafeeiro e compará-las a dois modelos europeus de simulação de deriva. A metodologia utilizada baseia-se na norma ISO 22866. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com dez repetições, em arranjo fatorial 2x20 com parcelas subdivididas. Os fatores avaliados foram: dois tipos de pontas de pulverização (cone vazio com e sem indução de ar) e 20 distâncias paralelas à linha de cultivo fora da área-alvo, espaçadas em 2,5 m. Foram colocados papéis filtrantes como alvo, em cada uma das distância avaliadas. A calda foi composta por água+corante fluorescente rodamina B na concentração de 100 mg L-1, para detecção por fluorimetria. Aplicou-se volume de calda de 400 L ha-1, por pulverizador hidropneumático. A ponta com indução de ar reduz a deriva até 20 m de distância da área tratada. A aplicação com ponta de jato cônico resulta em deriva máxima de 6,68% no ponto de coleta mais próximo da área tratada. Os modelos Alemão e Holandês superestimam a deriva nas distâncias mais próximas à cultura, embora o modelo Holandês se aproxime mais das curvas de deriva geradas por ambas as pontas de pulverização.
Coffea arábica; curvas de deriva; contaminação ambiental; pulverizador hidropneumático; pontas de pulverização.