Acessibilidade / Reportar erro

Achados de imagem por ressonância magnética na hepatite autoimune: quão frequentes e reprodutíveis são eles?

Resumo

Objetivo:

Determinar a frequência e reprodutibilidade interobservador das características de imagem por ressonância magnética na hepatite autoimune.

Materiais e Métodos:

Dois radiologistas abdominais, cegos para dados patológicos, revisaram ressonâncias magnéticas de 20 pacientes com hepatite autoimune quanto ao realce hepático, linfadenopatia, hipertensão portal e doença hepática crônica. A fibrose foi classificada como reticular, confluente ou ambas. A concordância interobservador foi avaliada por coeficientes de correlação intraclasse e estatística kappa.

Resultados:

O achado anormal mais comum foi nodularidade superficial (85%), seguido de fibrose reticular hepática (80%) — leve (25%), moderada (43,8%), grave (31,2%) —, realce heterogêneo (65%), esplenomegalia (60%), aumento do lobo caudado (50%) e linfadenopatia (40%). A concordância interobservador foi quase perfeita para nodularidade superficial (0,83), ascite (0,89) e volume hepático (0,95); entretanto, foi apenas leve (0,12) e razoável (0,25) para grau de fibrose e realce heterogêneo, respectivamente. Também foi leve (0,14) ou regular (0,36) para achados de doença hepática crônica, como fossa da vesícula biliar expandida e espaço pré-portal alargado, respectivamente.

Conclusão:

A concordância geral foi satisfatória para nodularidade superficial (achado anormal mais prevalente), ascite, volume hepático e esplenomegalia. Critérios frequentes, porém menos objetivos, tiveram apenas concordância leve a razoável.

Unitermos:
Abdome; Hepatite autoimune; Fígado; Ressonância magnética; Técnicas e procedimentos diagnósticos

Publicação do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Av. Paulista, 37 - 7º andar - conjunto 71, 01311-902 - São Paulo - SP, Tel.: +55 11 3372-4541, Fax: 3285-1690, Fax: +55 11 3285-1690 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: radiologiabrasileira@cbr.org.br