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Ganho de produtividade de milho utilizando irrigação no estado do Rio Grande do Sul, Brasil

RESUMO

O Rio Grande do Sul apresenta baixa oferta de milho em relação à demanda, condição agravada com limitação hídrica. Assim, objetivou-se estimar o ganho de produtividade do milho utilizando irrigação. O modelo da zona agroecológica da FAO, calibrado e validado, foi utilizado para simulação, considerando um experimento de blocos casualizados, com 40 safras de repetições, e 20 locais, manejo irrigado e sequeiro, três datas de semeadura (15/Ago, 15/Set e 15/Out) para solos de textura arenosa, média e argilosa. Um híbrido genérico obtido na calibração com base em vários híbridos com ciclo médio de 150 dias foi considerado na simulação. Na validação, o modelo apresentou um erro absoluto relativo de 16%, superestimando a produtividade em apenas 2%. A produtividade média irrigada e de sequeiro foi, respectivamente, de 16.094 e 5.386 kg ha-1. As datas de semeadura de 15 Set e 15 Out apresentaram valores estatisticamente superior para a condição irrigada. O uso da irrigação resultou em maior ganho de produtividade para 15 Set e 15 Out, com maior demanda de irrigação. O maior ganho de produtividade com uso de irrigação foi de 56%, em São Gabriel, com aumento de 14% na demanda de irrigação quando comparado 15 Out e 15 Ago. Os tipos de solos obtiveram diferenças significativas para a condição de sequeiro, enquanto que a irrigação minimizou as diferenças de produtividade, não apresentando diferença estatística. A irrigação demonstrou potencial para aumentar a oferta de milho, em que manejos locais podem ser considerados no plano agrícola.

Palavras-chave:
Zea mays; déficit hídrico; data de semeadura; modelo de cultura; produção de alimento; planejamento agrícola

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