MODELO 1 (preceptor de equipe ou “ombro a ombro”) Preceptor e residente compõem a mesma equipe na mesma USF. |
ACEITÁVEL: 91,7% |
RECOMENDADO: 83,3% |
ASPECTOS POSITIVOS |
ASPECTOS NEGATIVOS |
CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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Maior foco pedagógico |
95% |
* Tende a concentrar os problemas de gestão da equipe na figura do preceptor diminuindo a chance de aquisição dessa competência pelo residente. |
83% |
Ambiente mais protegido para o aprendizado do residente. “Permite que o residente vá gradualmente aumentando a sua capacidade de atendimento e melhorando a gestão do tempo.” |
90% |
* É possível que o residente seja visto como figura secundária e não um agente ativo da equipe, como se ficasse à sombra do preceptor. |
77% |
Potencializa o aprendizado pelo exemplo |
95% |
“Pode simular uma organização de equipe apenas replicável em unidades de ensino e, portanto, muito distante da realidade assistencial brasileira tornando esse residente um residente menos apto a atuar em cenários diversos.” |
66% |
Tempo disponível para aplicação das técnicas mais elaboradas em preceptoria |
76% |
** Tende a proporcionar menor autonomia ao residente, já que terá sempre o preceptor ao lado dividindo a mesma equipe.
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61% |
- |
- |
** Tende a dificultar a inovação dos processos de trabalho da equipe por parte do residente.
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61% |
Legenda: * Consenso obtido após a quarta rodada. ** (itálico) Pontos que permaneceram sem consenso mesmo após a quarta rodada. |
CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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Manutenção da longitudinalidade do cuidado da população na figura do preceptor, o que pode contribuir na discussão de casos, uma vez que ele tende a ter maior conhecimento do contexto e das histórias de vida das pessoas e de suas famílias. |
100% |
“Pode haver dificuldade em vincular pessoas que já foram atendidas pelo preceptor por longa data e isso impactar na condução dos problemas daquela pessoa.” |
80% |
“Como previsto pela CNRM, na ausência do residente o serviço funciona normalmente.” |
95% |
- |
- |
Otimiza-se a segurança dos pacientes. |
85% |
- |
- |
Facilita a organização de tempo para lidar com outras demandas, como as administrativas, de vigilância do território e de coordenação do cuidado. |
80% |
- |
- |
CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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Potencial de aumentar a oferta de atendimento pela equipe pela possibilidade de mais um médico ligado à equipe. |
76% |
- |
- |
CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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Permite a saída dos preceptores para atividades externas da residência, principalmente quando há mais de um preceptor na unidade. |
90% |
Dificuldade da preceptoria no balanço entre a responsabilidade com a pressão assistencial e as demandas formativas de residentes. |
66% |
CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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- |
- |
* Dificulta a possibilidade de complementação de bolsa, o que diminuiria a atratividade financeira por esse modelo de residência. |
77% |
- |
- |
* Pode ser mais difícil expandir os programas de residência médica de medicina de família e comunidade com esse modelo. |
72% |
Legenda: * Consenso obtido após a quarta rodada. |
CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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- |
- |
Há necessidade de mais espaço físico na USF com salas e equipamentos extras para o residente, pois idealmente deve haver um consultório para o preceptor e um para cada residente. |
90% |
MODELO 2 (preceptor da equipe ao lado) Preceptor compõe uma equipe e residente outra, porém ambos na mesma USF. |
ACEITÁVEL: 76,2% |
NÃO RECOMENDADO: 71,5% |
ASPECTOS POSITIVOS |
ASPECTOS NEGATIVOS |
CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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* Tem potencial de oferecer ao residente uma vivência mais próxima da realidade assistencial que encontrará após a finalização da residência (já que terá a necessidade de manejar tanto a gestão da clínica quanto a organização da equipe). |
94% |
Ausência de tempo protegido para espaços formativos. “A pressão assistencial pode comprometer tanto o espaço de aprendizagem do residente como a disponibilidade do preceptor.” |
85% |
Permite maior autonomia do residente. |
85% |
Fragilidade/distanciamento de supervisão pedagógica e assistencial. |
85% |
Presença constante do preceptor na USF. “Não é o melhor, mas está longe de ser o pior cenário. Ter o preceptor na mesma unidade de saúde é nosso atual desafio no Brasil.” |
85% |
“Os residentes talvez se frustrem por terem menos observação e passagem de casos, mas quem parece ser mais frustrado é mesmo o preceptor.” |
80% |
Possibilita ao residente o desenvolvimento, de forma autônoma, dos principais domínios de liderança, gestão do tempo, educação permanente, profissionalismo na busca de fontes e apoios para tomada de decisão baseada em evidências. |
71% |
“Menor capacidade do preceptor atuar no processo de trabalho de outras equipes que não a sua, trazendo menos apoio em uma competência fundamental para o residente que é o manejo das dificuldades no trabalho em equipe.” |
80% |
O preceptor pode servir como espelho ao residente, mas o residente também pode proporcionar inovações e aprendizado ao preceptor. |
66% |
“O ganho de competências pode se tornar mais lentificado, apesar da tendência a maior ganho de autonomia.” |
71% |
Legenda: * Consenso obtido após a quarta rodada. |
CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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Vínculo fortalecido do residente com a população adscrita. |
80% |
“Os residentes passam por rotações focais e em alguns momentos se ausentam mais da unidade; desse modo, a pressão assistencial pode se tornar maior e gerar insatisfação.” |
100% |
CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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* Possibilita um aumento da população adscrita recebendo assistência médica pela residência (já que o preceptor atende uma equipe, e o residente, outra equipe). |
66% |
Esse modelo tende a aumentar o risco à segurança dos pacientes, a depender dos arranjos e das barreiras instituídos na USF. |
80% |
Legenda: * Consenso obtido após a quarta rodada. |
CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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Maior risco de burnout do residente por ter que dar conta de sua demanda pedagógica e sua demanda assistencial e administrativa da equipe. |
90% |
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- |
O preceptor pode ter sobrecarga, pois estará exercendo dupla função de preceptor e médico assistente de uma população que equivale a duas equipes. Nesse caso, o risco de desistência da preceptoria por sobrecarga é alto entre preceptores que passam por esse modelo. |
85% |
- |
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Férias, faltas, atestados e ausências sobrecarregam quem fica na unidade. |
85% |
- |
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Dificulta a saída do preceptor para atividades da residência (reuniões, planejamento, aulas, educação continuada etc.). |
80% |
CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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Modelo possível em locais com poucos MFC. |
85% |
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Maior possibilidade de adesão de gestores que terão menor impacto na contratação de residentes na lei de responsabilidade fiscal. |
85% |
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Maior atratividade financeira para os residentes pela possibilidade de complementação de bolsa. |
76% |
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CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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A estrutura física pode ser planejada de acordo com o número de equipes da unidade, sem necessidade de consultórios adicionais para os residentes. |
80% |
- |
- |
MODELO 3 (preceptor de unidade) Preceptor e residente na mesma USF, porém o preceptor não assume equipe nenhuma. |
ACEITÁVEL: 100% |
RECOMENDADO: 79,2% |
ASPECTOS POSITIVOS |
ASPECTOS NEGATIVOS |
CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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CATEGORIA: APRENDIZADO
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Permite visão ampla do processo formativo do residente, além da possibilidade de aplicar diversas metodologias de aprendizagem (sombra, sombra reversa, ombro a ombro). |
100% |
*§ As necessidades de aprendizado não percebidas pelo residente podem ficar negligenciadas, já que o preceptor possui poucas oportunidades de acompanhar pacientes (por observação direta) assistidos pelos residentes.
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77% |
Há possibilidade de monitorar e controlar o ganho gradual das competências previstas em currículo baseado em competências. |
100% |
** Proporciona menos aprendizagem a partir de modelos (role model), uma vez que o preceptor realiza menos atividades assistenciais nesse modelo.
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61% |
“O preceptor pode estar mais disponível para discussão imediata de casos e avaliação conjunta do exame físico, quando necessário, mas isso depende do número de equipes com residentes vinculadas ao preceptor.” |
100% |
** Aumenta o risco de perda de competências da prática clínica pelo preceptor em consequência de vivenciar poucas atividades assistenciais nesse modelo. |
55% |
CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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CATEGORIA: APRENDIZADO
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Maior circulação do preceptor dentro das equipes da USF, permitindo maior capacidade de intervenção e apoio nos processos de trabalho das equipes ajudando o residente no desenvolvimento dessa competência. |
95% |
- |
- |
O preceptor atua como uma figura de retaguarda para todos os residentes e enxerga todas as possibilidades de vivência e de prática no campo de inserção, sendo um elemento de integração entre os residentes. |
95% |
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- |
Promoção de competências de liderança, de gestão de equipe, de processo de trabalho, de agenda. |
90% |
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- |
Desenvolvimento do compromisso do residente com a responsabilidade sobre um território. |
90% |
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- |
O preceptor pode ficar atento à interlocução com o território e equipes, processos de trabalho e questões pedagógicas, funcionando como um catalisador das potencialidades do residente na equipe e como articulador em cada troca de residentes, sem ruptura de vínculo. |
80% |
- |
- |
Legenda: *§ (negrito) Itens que obtiveram consenso de que não representam uma característica do modelo. **(itálico) Pontos que permaneceram sem consenso mesmo após a quarta rodada. |
CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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* Nas saídas dos residentes para rodízios externos, férias, opcional, o preceptor pode dar cobertura nos atendimentos nessas situações, garantindo a assistência à população. |
77% |
“O preceptor por não ser integrado à equipe pode não ter propriedade para conduzir situações de conflito da equipe ou mesmo não conseguir estabelecer vínculo para compartilhar o cuidado das pessoas com o residente.” |
80% |
** A segurança do paciente durante o processo ensino-aprendizagem em serviço nesse modelo parece ser assegurada.
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55% |
Longitudinalidade do cuidado quebrada pela alta rotatividade dos residentes, possibilitando uma permanência máxima de dois anos. |
66% |
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- |
** A assistência à população pode ficar prejudicada durante as saídas dos residentes para atividades externas, opcional.
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61% |
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- |
** Pode ser que o preceptor fique disperso no processo de trabalho do território, o que pode dificultar a criação de responsabilidade do cuidado daquela população.
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61% |
Legenda: * Consenso obtido após a quarta rodada. **(itálico) Pontos que permaneceram sem consenso mesmo após a quarta rodada. |
CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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“O residente tem que lidar com a realidade de pressão assistencial, de organização do acesso e do processo de trabalho da equipe, de forma similar ao que vai encontrar depois da residência, mas com a possibilidade de suporte do preceptor.” |
85% |
A falta de um papel bem estabelecido com a população e com a equipe pode gerar uma crise no preceptor e interferir nas suas competências de preceptoria. |
66% |
“Pode ser mais fácil o preceptor sair para atividades externas da residência, como reuniões, planejamento, aulas, educação continuada etc.” |
66% |
Maior risco de burnout do residente por ter que dar conta das demandas pedagógica e assistencial. |
66% |
- |
- |
** Possibilidade de um aumento na sobrecarga do preceptor, já que pode estar realizando várias atividades ao mesmo tempo, como: supervisão do trabalho dos residentes, suporte na assistência aos pacientes, gestão das equipes, gestão do aprendizado dos residentes.
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55% |
CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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- |
- |
** A depender da quantidade de residentes por preceptor, pode acontecer “concorrência” para acessar o preceptor, o que possibilita aumento de sobrecarga para ele. |
50% |
Legenda: **(itálico) Pontos que permaneceram sem consenso mesmo após a quarta rodada. |
CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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“Modelo possível em locais com poucos MFC e que possibilita a abertura de residência e expansão de vagas.” |
71% |
Risco de a gestão enxergar o preceptor como alguém “sem vínculo” e não valorizar sua atividade pedagógica. |
71% |
É um modelo que permite ampliar o número de equipes, o que pode contribuir para o convencimento do gestor quanto a implementar a residência e a complementação de bolsa para o residente. |
71% |
§ “O PRMFC se torna pouco custo-efetivo, devido à menor produtividade dos residentes.”
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66% |
Legenda: § (negrito) Itens que obtiveram consenso de que não representam uma característica do modelo. |
CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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A estrutura física pode ser planejada de acordo com o número de equipes da unidade, sem necessidade de consultórios adicionais para os residentes. |
85% |
- |
- |
MODELO 4 (preceptor de campo) Residente assume a equipe e preceptor não está vinculado a nenhuma USF, nem à equipe. A preceptoria acontece por visitações periódicas. |
NÃO ACEITÁVEL: 79,2% |
NÃO RECOMENDADO: 91,7% |
ASPECTOS POSITIVOS |
ASPECTOS NEGATIVOS |
CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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CATEGORIA: APRENDIZADO
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Consenso
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§ “É a ótica menos enviesada sobre o campo de práticas do residente, o que pode ajudar a identificar problemas.” |
80% |
Fragilidade legal no modelo (não tem a presença de preceptor como afirma a normativa da CNRM). “Não é aceitável um modelo em que se prevê que o residente estará sozinho desde a sua concepção.” |
100% |
* O residente assume o protagonismo em um cenário próximo ao que encontrará após a finalização da residência. |
72% |
O preceptor pode não estar disponível para discussão imediata dos casos atendidos pelo residente e não tem como avaliar conjuntamente situações que demandem exame físico presencial. |
100% |
§ “Diminui-se a rotatividade de preceptores, já que a responsabilidade da preceptoria, muitas vezes, é assumida pela instituição de ensino.”
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71% |
Diminui a chance de aprendizado por exemplificação, já que o preceptor não compartilha as atividades diárias ao lado do residente. |
100% |
** Tem potencial de oferecer ao residente muitas oportunidades para promoção de competências de liderança, de gestão de equipe, de processo de trabalho, de agenda, manejo de tempo, educação permanente, comunicação.
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61%
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“Preceptor distante resume apenas uma lógica de provimento do trabalho do residente, o que deixa o foco no ensino de lado.” |
95% |
** Tempo disponível para o preceptor planejar o processo pedagógico dos residentes. |
50% |
“O processo avaliativo ocorre por amostragem.” |
90% |
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- |
Risco de haver foco mais teórico do que prático na residência, já que os preceptores estão desconectados da prática assistencial. |
85% |
Legenda: * Consenso obtido após a quarta rodada. § (negrito) Itens que obtiveram consenso de que não representam uma característica do modelo. **(itálico) Pontos que permaneceram sem consenso mesmo após a quarta rodada. |
CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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CATEGORIA: ASSISTÊNCIA
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Ganho de autonomia abrupto, incorrendo em risco à segurança dos pacientes |
100% |
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“Por não fazer parte da unidade de saúde, o preceptor tem muito menos influência para auxiliar na resolução de problemas gerenciais, além do pouco conhecimento sobre o território, processos de trabalho, abordagem familiar e comunitária.” |
95% |
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O atendimento à comunidade pode ser prejudicado pelas saídas do residente. |
90% |
CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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CATEGORIA: CARGA DE TRABALHO
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* Como o preceptor possivelmente está com menos preocupações assistenciais diretamente, isso possibilita mais “proteção” nos encontros de preceptoria com seus residentes. |
72% |
Maior risco de desistência da MFC pelo residente por causa do risco de burnout (por ter que dar conta de sua demanda pedagógica e sua demanda assistencial) e da sensação de solidão e desamparo com menor disponibilidade do preceptor. |
95% |
“É o modelo que mais facilita a participação do preceptor em atividades externas da residência.” |
66% |
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Legenda: * Consenso obtido após a quarta rodada. |
CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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CATEGORIA: FINANCIAMENTO
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Maior possibilidade de adesão de gestores que terão menor impacto da contratação de residentes na lei de responsabilidade fiscal. |
71% |
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“Em locais mais distantes, com unidades pequenas pode ter um custo benefício mais tangível.” |
71% |
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Possibilidade de o preceptor atuar em um quantitativo maior de unidades/residentes. |
66% |
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Maior atratividade financeira para os residentes pela possibilidade de complementação de bolsa. |
66% |
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CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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CATEGORIA: ESTRUTURA FÍSICA
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A estrutura física pode ser planejada de acordo com o número de equipes da unidade, sem necessidade de consultórios adicionais para os residentes. |
76% |
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