Resumo:
Propõe-se uma reflexão sobre o preparo do profissional de Medicina para lidar com a morte. Destaca-se que é através de um mecanismo de negação que esse profissional se defende da angústia produzida pelo falecimento de um paciente. Tal procedimento acarretaria a diminuição gradativa da comunicação com os doentes considerados sem perspectivas de recuperação. Analisa-se como esse comportamento estão relacionados a processos de idealização da figura do médico tanto por parte do paciente como do familiar. Também se alerta sobre a relação que essas dificuldades do relacionamento médico-paciente têm com o currículo e com a estrutura dos cursos de Medicina, assinalando-se possíveis estratégias para fugir do impasse de lidar com a realidade da morte sem os instrumentos adequados.
Palavras-chave:
Morte; Educação Médica; Relação médico-paciente; Psicologia Médica