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Avaliação de efeitos das incertezas de curva-chave em análises de frequência de inundações

RESUMO

As vazões máximas são frequentemente estimadas a partir de análises de frequência de inundação, por meio de ajustes estatísticos de uma distribuição teórica de probabilidades aos dados de vazões máximas anuais. Entretanto, em razão das limitações impostas pela prática da medição da vazão in loco, são aplicados modelos empíricos como a curva chave para estimar vazão. Essas curvas são aproximações das vazões reais e incorporam diferentes fontes de incertezas, em especial nas porções de extrapolação. Tais incertezas são propagadas nas análises de frequência e influenciam nos quantis estimados. Para melhor compreender e descrever a influência das incertezas da cota-descarga neste processo, foi combinado os resultados da modelagem Bayesiana da curva chave, que considera o conhecimento físico da estação de medição como conhecimento a priori, com a análise de frequência Bayesiana de inundação sob a teoria assintótica de valores extremos. O método foi aplicado na estação de fluviométrica de Acorizal, localizada no interior do estado de Mato Grosso – BR. Os principais resultados sugeriram que, embora as incertezas da curva chave possam ser relevantes na estimativa de quantis de vazões máximas, as incertezas decorrentes de séries históricas amostrais podem exercer maiores impactos nos intervalos de credibilidade da vazão mesmo para tamanhos de amostras moderadas.

Palavras-chave:
Curva chave; Inferência Bayesiana; Análise de frequência de vazões máximas; BaRatin

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