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Animais peçonhentos em Pernambuco: crianças em risco

Resumo

Objetivos:

analisar aspectos epidemiológicos e clínicos dos acidentes por animais peçonhentos em menores de 15 anos.

Métodos:

estudo transversal com componente analítico utilizando dados secundários do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Pernambuco (CIATox-PE), no período de 2017 a 2019. Foram incluídas as notificações dos acidentes na faixa etária estudada e avaliadas características do envenenamento (classe do animal, zona de exposição, local/turno da ocorrência e uso soroterapia específica) e do paciente (variáveis sociodemográficas, gravidade clínica e evolução). A análise realizada no STATA® 13.1 apresenta tabelas de distribuição de frequência e qui-quadrado de Pearson para comparação.

Resultados:

das 2678 notificações, 82,8% foram de escorpionismo e 10,8% de ofidismo. Predominaram na faixa etária de 1a 9 anos (70,5%) e sexo masculino (54,1%);ocorreram principalmente na zona urbana (80,9%),no Recife(67,3%), na residência da vítima (83,9%), durante horário noturno (47,3%). A maioria (87,1%) foi classificada como de gravidade leve, 10% receberam soroterapia e ocorreu um óbito (escorpionismo). Registraram-se dois casos de ofidismo em ambiente de trabalho.

Conclusão:

ressaltam-se os acidentes intradomiciliares entre crianças e a suspeita de trabalho infantil na faixa etária de 10 a 14anos.Os acidentes ocorreram sobretudo na zona urbana provavelmente associado à falta de planejamento e educação sanitária que favorece o desenvolvimento e hábitos do animal peçonhento.

Palavras-chave
Envenenamento; Animais peçonhentos; Pediatria; Epidemiologia; Mordeduras de serpentes; Picadas de escorpião

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