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Variabilidade glicêmica e mortalidade em unidades de terapia intensiva oncológicas

RESUMO

Objetivo:

investigar a associação entre a variabilidade glicêmica e a mortalidade em pacientes internados em unidades de terapia intensiva oncológicas.

Métodos:

estudo de coorte retrospectivo foi conduzido utilizando uma amostra de conveniência de 30 prontuários médicos de pacientes com mais de 18 anos de ambos os sexos. A variabilidade glicêmica foi medida utilizando o desvio padrão e a amplitude geral. A análise estatística foi realizada utilizando a curva ROC (receiver operating characteristic) e a área sob a curva (AUC). O nível de significância (α) foi estabelecido em 5% com um intervalo de confiança (IC) de 95%.

Resultados:

o estudo incluiu 14 pacientes do sexo masculino (46,67%) com idade média de 60±15 anos. Um total de 1503 amostras de glicemia foram coletadas. A análise AUC para o desvio padrão não mostrou resultado estatisticamente significativo (p = 0,966; IC 95% = [0,283, 0,726]). Em contraste, a amplitude geral teve uma associação estatisticamente significativa com a mortalidade (p = 0,049; IC 95% = [0,514, 0,916]).

Conclusões:

Este estudo encontrou que a variabilidade glicêmica medida pela amplitude geral está significativamente associada à mortalidade do paciente em unidades de terapia intensiva oncológicas. Esses achados sugerem que o monitoramento da variabilidade glicêmica pode ser um fator importante no manejo de pacientes criticamente doentes em unidades de terapia intensiva oncológicas.

Descritores:
Unidades de Terapia Intensiva; Glicemia; Mortalidade; Neoplasias; Controle Glicêmico.

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