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Fatores associados à utilização de restrição mecânica em pacientes de terapia intensiva

Resumo

Objetivo:

Verificar a frequência de restrição mecânica nos pacientes e os fatores associados ao seu uso na Unidade de Terapia Intensiva.

Método:

Estudo observacional e prospectivo sobre uso da restrição em pacientes, observados em dois dias, considerando as variáveis: idade e sexo, características pessoais e clínica, dispositivos, evento adverso e uso de restrição. A frequência foi verificada em três grupos de pacientes com diferentes condições aplicando-se os testes Qui-Quadrado ou Razão de Verossimilhança ou Kruskal-Wallis. A associação das variáveis foi verificada com a Regressão Logística Multinomial.

Resultados:

Participaram 84 pacientes. A restrição foi observada em 77,4% dos 84 pacientes analisados e foi mais frequente na presença de sedação, agitação e dispositivos invasivos. A chance de se estar restrito foi cerca de pelo menos cinco vezes maior nas condições de sedação, seja em desmame ou despertar diário, desmame da ventilação mecânica, agitação e presença de dispositivos invasivos.

Conclusão:

O uso da restrição foi elevado e associou-se ao sexo feminino, sedação, agitação e via aérea invasiva. Ressalta-se a importância de aplicação de políticas para redução da restrição em terapia intensiva.

Descritores:
Unidades de Terapia Intensiva; Cuidados de Enfermagem; Restrição Física, Gestão de Riscos

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