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Mulheres pretas da Enfermagem: escrevivência atrevivida em oralitura na COVID-19

Mujeres negras de la Enfermería: escrevivência atrevivida en oralitura en la COVID-19

Resumo:

Neste artigo, objetivamos problematizar a mortificação de vidas pretas e enunciar rastros/resíduos de memórias produtoras de novos imaginários em polifonia de vozes de mulheres trabalhadoras da Enfermagem, atuantes na linha de frente do cuidado e enfrentamento à COVID-19. Apresentamos uma política de escrita encharcada pela afirmação de uma ciência constituída pela complementaridade entre razão e emoção. Partimos da articulação entre os conceitos de escrevivência - enquanto ato político de mulheres pretas que se apoderam da escrita; de atrevivência - propondo uma linguagem sentida e vocalizada; e de oralitura - que lança mão da memória como repertório oral e corporal afrodiaspórico inscrevendo saberes, valores e modos de ser e estar no mundo; portanto, uma escrevivência atrevivida em oralitura. Corpas-pretas da Enfermagem em polifonia denunciam políticas de inimizade em um Estado necropolítico e enunciam novos imaginários que instigam a reinvenção no tempo pandêmico.

Palavras-chave:
COVID-19; enfermagem; necropolítica; políticas da escrita; escrevivência

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