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Estabilidade monetária e CEPAL: A heterogeneidade do pensamento estruturalista latino-americano 1 1 Este trabalho deriva da pesquisa de Iniciação Científica na Fundação-Escola de Comércio Alvares Penteado (FECAP) do autor principal e teve versão anterior aprovada para apresentação no 4th Latin American Meeting of the European Society for the History of Economic Thought – ESHET, em Belo Horizonte – Minas Gerais, bem como no encontro nacional de economia de 2015 promovido pela ANPEC na cidade de Florianópolis, Santa Catariana.

Monetary stability and ECLAC: the heterogeneity of developmental structuralist doctrine of Latin America

RESUMO

O artigo verifica a hipótese de homogeneidade estrita do pensamento estruturalista latino-americano em matéria de estabilidade monetária em seus anos iniciais. Em meados da década de 1950, o crescente e contínuo fenômeno inflacionário na região era explicado pela CEPAL como resultante da presença de estrangulamentos nas estruturas reais da economia. Entretanto, o canal de transmissão ao nível de preços é explicado pelos autores de maneiras diversas, gerando-se, por conseguinte, diferentes propostas de estabilização. O artigo sublinha a flexibilidade metodológica e o grau de fragmentação teórica da abordagem cepalina, bem como a controvérsia sobre a inflação constituir parte do processo de desenvolvimento. A análise destes elementos revela uma tensão entre os aspectos keynesianos anglo-saxônicos na abordagem de Prebisch e a original teoria lati­no-americana proposta por Noyola e Furtado. Avalia-se em que medida este descompasso impediu a constituição de um corpo teórico diferenciado em matéria de estabilização monetária.

PALAVRAS-CHAVE:
Estruturalismo latino-americano; inflação estrutural; estabilização monetária; CEPAL, heterogeneidade metodológica

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