RESUMO
Objetivo:
Verificar os aspectos sociodemográficos associados à autonomia reprodutiva entre mulheres urbanas, em especial na relação com o uso de métodos contraceptivos.
Método:
Estudo transversal realizado com 1252 mulheres, entre abril e junho de 2021, utilizando a versão brasileira da Escala de Autonomia Reprodutiva. Os dados foram analisados por meio de regressão linear múltipla.
Resultados:
Os escores médios das subesacalas foram 2,5 (dp=0,3) (Tomada de decisão), 3,8 (dp=0,3) (Ausência de Coerção) e 3,6 (dp=0,4) (Comunicação). Comparadas às mulheres que relataram não usar métodos contraceptivos, mulheres que usavam métodos de barreira ou comportamentais e as que usavam LARC mostraram maior nível de autonomia reprodutiva em todas as dimensões da Escala (p<0,001). Outros aspectos associados à autonomia reprodutiva foram a escolaridade, raça/cor, religião, grupo socioeconômico e morar com o parceiro,a depender de cada subescala.
Conclusão:
O tipo de método contraceptivo utilizado foi estatisticamente associado à autonomia reprodutiva em todas as subescalas.
Descritores:
Autonomia relacional; Tomada de decisões; Planejamento familiar