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O caso clínico na instituição pública: polifonías desejantes* * Este texto é uma versão reformulada do trabalho apresentado no VI Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental, Recife, 5 a 8 de setembro de 2002.

Este trabalho discute o caso clínico, com dispositivos psicanalíticos, dentro de uma instituição pública. Trata-se de um debate de relevância à medida que, cada vez mais, a prática psicanalítica se estende a outras áreas do social, como os espaços institucionais. Trabalharemos a partir de uma interrogação central: haveria especificidades na produção do caso clínico numa instituição pública? Primeiramente, situaremos algumas condições do nascimento do caso clínico na psicanálise, ou seja, de que forma essa construção se deu em Freud, pois ele servia tanto para o trabalho do alívio do sofrimento de seus pacientes, quanto para a produção da metapsicología freudiana. A partir da apresentação de um caso clínico, atendido numa instituição, constataremos como essa construção rompe com as fronteiras entre privado e público, demonstrando que o compromisso daquele que escuta não se dá, a priori, pelo atendimento num local público, mas também pelo ato de transmissão de sua escuta.

Caso clínico; ato; instituição pública; transmissão; escrita


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