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Can varying the number of teams in a shift schedule constitute a preventive strategy?

OBJETIVOS: Investigar as implicações para trabalhadores em turnos do uso de um número distinto de turmas de trabalho na organização dos turnos. MÉTODOS: Participaram do estudo operadores de cinco empresas que usavam sistemas contínuos de turnos alternantes. As empresas tinham em comum a organização de produtos e cultura empresarial e pertenciam a uma mesma empresa multinacional. Cada uma das empresas tinha um sistema de turnos que compreendia quatro, cinco ou seis turmas de trabalho, sendo que a proporção de turnos fora dos horários diurnos diminuía à medida que aumentava o número de turmas. Foram usados dados de questionários e documentação como fontes de pesquisa. RESULTADOS: Os operadores de sistemas com turmas extras apresentaram uma quantidade maior de trabalho diurno, assim como mais horas irregulares de trabalho em decorrência de horas extras e mudanças de horário. Os operadores que contavam com seis turmas usaram menos recursos de compensação social. Os que trabalharam com quatro turmas ficaram mais satisfeitos com os horários de trabalho. A satisfação com o tempo disponível para diversas atividades sociais fora do trabalho variou de modo inconsistente entre as turmas estudadas. CONCLUSÕES: Nos sistemas com turnos rodiziantes, o uso de um número maior de turmas reduz o número de turnos não-diurnos. Esta aparente vantagem aos trabalhadores em turnos foi neutralizada pela concomitante irregularidade resultante de maiores exigências organizacionais para permitir flexibilidade. Verificou-se que o equilíbrio desta interação teve um impacto fundamental sobre os trabalhadores.

Trabalho em turnos; Trabalhadores; Organização e administração; Jornada de trabalho; Satisfação no trabalho


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