Forrageiras para alimentação de vacas leiteiras devem conciliar a alta produção de matéria seca por área, maximizando a taxa de lotação animal, com o alto valor nutritivo, capaz de reduzir a necessidade de alimentos concentrados por litro de leite produzido. Dezoito cultivares de sorgo foram cultivados com espaçamento de 0,70 m e 12 plantas por metro linear. As plantas colhidas ao atingirem o estádio leitoso-pastoso foram ensiladas em laboratório. Onze características agronômicas e químicas foram avaliadas. As silagens foram incubadas in situ e a degradabilidade efetiva da matéria seca no rúmen (DEF) foi calculada assumindo uma taxa de passagem de -0,04 h-1. A produção de matéria seca foi 13,0 ± 2,3 (média ± D.P.) t ha-1. O teor de fibra em detergente neutro foi 50,3 ± 3,8 e a DEF foi 48,8 ± 2,8 (% da matéria seca). A DEF média do sorgo foi 84% da DEF de uma amostra composta de 60 cultivares de milho simultaneamente cultivados, ensilados e incubados no rúmen. Os 12 cultivares do tipo forrageiro foram mais altos, produtivos e fibrosos e tiveram menor DEF que os 6 cultivares graníferos e de duplo propósito. O teor de fibra em detergente ácido foi a característica mais correlacionada à DEF (r=-0,64). O modelo linear correlacionando a DEF à produtividade foi: DEF=54,69 - 0,4449 x t de matéria seca ha-1 (r²=0,14). Apesar de existirem cultivares com alta produtividade e digestibilidade, pode ser difícil conciliar o máximo valor nutritivo com a máxima produtividade na planta de sorgo.
digestibilidade; fibra; rúmen; in situ; silagem de milho
