A partir de uma pesquisa sobre socialização e laços sociais a respeito do fenômeno da AIDS, este artigo investiga o papel do pesquisador em relação à doença. Como ele ou ela define sua relação com o objeto de estudo, com os informantes e de forma mais ampla com os atores envolvidos na pesquisa? Como o(a) pesquisador(a) lida com princípios metodológicos como a neutralidade axiológica face à doença, particularmente no caso da AIDS? Como ele ou ela busca conciliar este princípio com seu engajamento moral, social e político. Estas questões são discutidas com base nas proposições teóricas de Norbert Elias sobre engajamento e distanciamento, tal como utilizado por Didier Fassin para analisar a pesquisa das Ciências Sociais sobre AIDS na África.
intervenção; doença; lugar do pesquisador; AIDS; África Ocidental