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Governança, reciprocidade e dinâmicas políticas no Brasil: a auditoria como campo etnográfico

Resumo

A proposta deste artigo é submergir na rotina das instituições de governança tendo como espaço investigativo a gestão direta e contratada de unidades de saúde públicas num estado federativo do Brasil onde foram problematizadas as ações dos agentes públicos entrelaçados nas dinâmicas de poder construídas e mantidas pelas elites governativas e políticas. A investigação de campo teve como perspectiva metodológica a observação participante ocorrida no tempo de treze meses, e exigiu um olhar direcionado ao enfoque normativo que dota o cotidiano administrativo de regras formais; e outro olhar direcionado às condutas informais e/ou paralelas que atravessam a rotina governativa impondo suas regras. Este duplo olhar foi uma condição necessária para aprender como funciona o poder governativo desde dentro do movimento de suas elites. Os resultados do estudo mostram as tramas que conduzem a apropriação do público como privado e as análises conclusivas afirmam que o patrimonialismo continua presente no modo de governar as instituições e de conduzir a política no Brasil.

Palavras-chave:
Instituições de governança; poder político; gestão contratada; patrimonialismo

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