Resumo

Neste trabalho estamos interessados em comparar as ações de duas instituições estatais na província de Córdoba, Argentina, onde encontramos práticas que foram entendidas como tutela. E embora aparentemente estivessem nos antípodas, dadas as populações para as quais eram dirigidas, pudemos encontrar pontos de encontro e de interpelação. Tomando o cuidado de não cair em comparações anatómicas ou universais etnográficos, partimos de uma separação analítica para abordar algumas formas de gestão tutelar, tanto no Patronato del Liberado como na Reserva Patrimonial do Museu de Antropologia. A distinção entre tutela por localização e tutela por documentação permitiu-nos observar como estas acções se inscrevem nos processos de produção e reprodução do conhecimento construído no trabalho quotidiano e íntimo como acções de cuidado privilegiadas e legitimadas. Considerámos também a polivalência destas práticas semelhantes que, em contextos diferentes e com objetivos diferentes, são distorcidas.

Palavras-chave:
tutela; gestão; localizar; documentar; etnografia