BOOK REVIEW

Beyond therapy: biotechnology and the pursuit of happiness

Leon R. Kass (Editor). Um volume (12×20 cm), 373 páginas. ISBN 1-932594-05-01. New York, 2006: Dana Press (900 15^th Street, N. W., Washington, D.C., 2005).

As contribuições deste livro envolvem 17 autoridades americanas que discutem o uso atual e futuro das descobertas da biotecnologia, além da terapia (beyond therapy).

Um exemplo simples ilustra a situação: um jogador de basquetebol quer aumentar sua altura em 10 centímetros para concorrer melhor contra os seus adversários no basquetebol. Ele consegue isso com injeções de hormônios da pituitária, o que faz com que aumente a sua altura. Esse procedimento claramente não é feito para tratar uma doença; vai além da terapia. Tal ocorrência deve ser permitida para um jogador profissional? Se sim, devem os seus adversários ser informados dessa situação, e podem eles também fazer a mesma coisa?

Outras questões são bem mais complexas. Provavelmente nos próximos vinte anos a manipulação genética irá ter capacidade de produzir seres humanos com inteligência bem superior à que eles teriam sem tal manipulação. Deverá isso ser permitido? E quem irá tomar a decisão? Os pais de tal indivíduo? Uma comissão governamental? Um instituto científico que irá recrutar cientistas superdotados ou outros grupos? Observa-se que, o ser super inteligente não participa dessa decisão. É possível que ele mais tarde, na sua vida, vá lamentar a sua formação que será diferente de outras pessoas da sua idade ou sexo? Os problemas éticos multiplicam-se com a biotecnologia mais e mais poderosa, que estão "in the pipeline" e provavelmente vão se tornar uma realidade daqui a mais ou menos vinte ou trinta anos.

Uma grande parte do livro trata das consequências de se viver muito mais anos, com boa saúde, devido a técnicas já disponíveis e outras que certamente vão ser uma realidade dentro de dez ou trinta anos. As consequências de viver até 80, 90, 100 ou mais anos de vida, devem produzir problemas sociais e econômicos. As autoridades que deram contribuições para o livro concordam que a hora para resolver estas questões éticas (bioéticas) seria neste momento e não quando eles constituírem a realidade.

Mas tudo já existe. Por exemplo, um dos autores desta análise de livro tem 86 anos de idade, tem boa saúde e clínica em neurologia 50 horas / cada semana. E isso sem qualquer tecnologia especial.

H. Chapman

Marta Alves Reis Soares

Datas de Publicação