Bioética na odontologia: o que pensam os coordenadores dos cursos

Colodette, Renata Maria; Gomes, Andréia Patrícia; Moreira, Tiago Ricardo

doi:10.1590/1983-803420233613PT

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Pesquisa • Rev. Bioét. 31 • 2023 • https://doi.org/10.1590/1983-803420233613PT copiar

Bioética na odontologia: o que pensam os coordenadores dos cursos

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Resumo

Este artigo analisa a importância que coordenadores dos cursos de odontologia brasileiros atribuem ao ensino da bioética e sua opinião sobre o perfil desejável para egressos desse curso. Trata-se de estudo exploratório, descritivo e transversal realizado com 130 coordenadores de cursos de odontologia brasileiros no qual foram realizadas análises descritivas e análise de conteúdo de Bardin. A grande maioria dos participantes atribui importância à bioética em diferentes situações e 23,8% deles consideram um perfil adequado o profissional com postura ética e humanizada, reflexivo e com competência técnica. A bioética está sendo inserida na matriz curricular dos cursos de odontologia, e a maioria dos coordenadores a considera importante em diferentes situações, mas nem todos os gestores entendem o que ela contempla.

Ensino; Currículo; Bioética; Odontologia

	N	%
Muito importante/necessária/imprescindível (sem especificações)	77	59,2
Contribui para uma formação mais humanizada	11	8,5
Contribui para a melhoria do exercício clínico profissional	8	6,2
Elaboraram respostas mais completas, descrevendo aspectos que explicam por que consideram a bioética importante	8	6,2
Contribui em pesquisas científicas	5	3,8
Contribui para o conhecimento do CEO e/ou para lidar com processos éticos	4	3,1
É importante nas relações interpessoais (com pacientes, colegas, equipe e sociedade)	4	3,1
Contribui para a melhoria da responsabilidade social	2	1,5
Contribui na tomada de decisão	1	0,8
Não é imprescindível	1	0,8
Não responderam à pergunta	9	6,9

	N*	%
No atendimento clínico, no planejamento de tratamento e na escolha de procedimentos	41	31,5
Em todas as situações	40	30,8
Nas relações interpessoais (com pacientes, colegas, equipe e sociedade)	31	23,9
Em pesquisas científicas	18	13,9
Na tomada de decisão	7	5,4
Em publicidade, redes sociais	7	5,4
No conhecimento do CEO e frente a processos éticos	6	4,6
No sigilo, na guarda de prontuários	5	3,9
Na preocupação com o meio ambiente, com descarte de produtos químicos	3	2,3
Na docência/ensino	3	2,3
Na humanização do cuidado	3	2,3
Na cobrança de honorários profissionais	3	2,3
No atendimento a pessoas com vulnerabilidades	1	0,8
No encaminhamento de pacientes para colegas	1	0,8
Na biossegurança	1	0,8
Na valorização da profissão	1	0,8
No preenchimento de atestados	1	0,8
No conhecimento do principialismo	1	0,8
No consentimento livre e esclarecido	1	0,8
Não responderam à pergunta	13	10,0

	N	%
Ético, humanizado, reflexivo e com competência técnica	31	23,8
Generalista	18	13,9
Humanista e ético	18	13,9
Ético, com postura humanista, consciência do seu papel social e crítico (sem mencionar competência técnica)	18	13,9
Com competência técnica (sem mencionar ética ou postura humanista)	15	11,5
Ético e/ou bioético	11	8,5
Responderam apenas que estão de acordo com o perfil recomendado pelas DCN, sem detalhamento	6	4,6
Com condutas guiadas pelo CEO e/ou por normativas e leis	3	2,3
Não responderam à pergunta	10	7,7

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E-mail: bioetica@portalmedico.org.br

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[1] Correspondência: Renata Maria Colodette – Universidade Federal de Viçosa. Departamento de Medicina e Enfermagem. Av. Peter Henry Rolfs, s/n, sala 401, Campus Universitário CEP 36570-900. Viçosa/MG, Brasil.