Acessibilidade / Reportar erro

Fotoetnografia: a união da fotografia com a etnografia no descortinamento dos não ditos organizacionais

Resumos

O artigo tem por objetivo discutir a utilização da fotoetnografia em pesquisas realizadas no âmbito administrativo/organizacional, evidenciando a interlocução da Antropologia Visual com a Administração. A fotografia é apresentada como recurso semiológico de conotação e de denotação, e são feitas considerações sobre o fazer antropológico. A seguir, é relatado um trabalho de pesquisa no âmbito da Antropologia elaborado com base na fotoetnografia. Tendo por base o antecedente, discute-se como vêm sendo conduzidos as pesquisas e debates sobre o uso da linguagem fotográfica no campo dos estudos organizacionais. Finalmente, propugna-se em prol do uso da fotoetnografia como forma de captar a afetividade subjacente ao universo organizacional.


The paper aims at discussing the use of photoethnography in managerial/organizational researches, putting under the spot the interactions between Visual Anthropology and Management. Photography is presented as a semiological resource of connotation and denotation, and some considerations are made about the ethnographic doings. Afterwards, the results of an anthropological research using photo ethnography are presented. As a consequence of the preceding, a discussion is made about the researches and debates concerning the use of the photographic language in organizational studies. Finally, it is proposed that, as it has sufficient punch, photo ethnography be used as a means to capture the affective aspects subjacent to the organizational universe.


ARTIGOS ARTICLES

Fotoetnografia: a união da fotografia com a etnografia no descortinamento dos não ditos organizacionais

Neusa Rolita CavedonI

IProfª EAUFRGS

RESUMO

Oartigo tem por objetivo discutir a utilização da fotoetnografia em pesquisas realizadas no âmbito administrativo/organizacional, evidenciando a interlocução da Antropologia Visual com a Administração. A fotografia é apresentada como recurso semiológico de conotação e de denotação, e são feitas considerações sobre o fazer antropológico. A seguir, é relatado um trabalho de pesquisa no âmbito da Antropologia elaborado com base na fotoetnografia. Tendo por base o antecedente, discute-se como vêm sendo conduzidos as pesquisas e debates sobre o uso da linguagem fotográfica no campo dos estudos organizacionais. Finalmente, propugna-se em prol do uso da fotoetnografia como forma de captar a afetividade subjacente ao universo organizacional.

ABSTRACT

The paper aims at discussing the use of photoethnography in managerial/organizational researches, putting under the spot the interactions between Visual Anthropology and Management. Photography is presented as a semiological resource of connotation and denotation, and some considerations are made about the ethnographic doings. Afterwards, the results of an anthropological research using photo ethnography are presented. As a consequence of the preceding, a discussion is made about the researches and debates concerning the use of the photographic language in organizational studies. Finally, it is proposed that, as it has sufficient punch, photo ethnography be used as a means to capture the affective aspects subjacent to the organizational universe.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson. Fotoetnografia: um estudo de Antropologia Visual sobre cotidiano, lixo e trabalho. Porto Alegre: Tomo, 1997.
  • _________. Fotoetnografia da Biblioteca Jardim Porto Alegre: UFRGS/Tomo, 2004.
  • BARTHES, Roland. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
  • __________. O óbvio e o obtuso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
  • BUCHANAN, David. The role of photograpy in organization research: a reengineering case illustration. Journal of Management Inquiry. v. 10, n. 2, June 2001, 151-164.
  • CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998.
  • DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à Antropologia Social. Rio de Janeiro: Rocco,
  • FOOTE-WHYTE, Wiliam. Treinando a observação participante. In: GUIMARÃES, Alba Zaluar. Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1980.
  • FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
  • GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
  • GUTIÉRREZ, Marisol Rodríguez. Testimonio y poder de la imagen. In: BAZTÁN, A. Aguirre. Etnografia. Barcelona: Marcombo, 1995.
  • KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro. Imagem e narrativa ou, existe um discurso da imagem? Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, UFRGS, IFCH, PPGAS. Ano 5, n.12, p. 59-68, dez.1999.
  • LEAL, Ondina Fachel. A leitura social da novela das oito. Petrópolis: Vozes, 1990.
  • MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
  • MARCONI, Marina de Andrade e PRESSOTTO, Zelia Maria Neves. Antropologia: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1992.
  • MORAN, José. Interferência dos meios de comunicação no nosso conhecimento. http://www.ead.ufrgs.br/Ispace/ferramenta, 1994.
  • MORIN, Edgar. Amor, poesia, sabedoria. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
  • NEVES, Lecy Consuelo. A casa do mágico. Rio de Janeiro: Agir, 1986.
  • WARREN, Samantha. Show me how it feels to work here: using photography to research organizational aesthetics. Ephemera. v. 2 (3): 224-245, 2002. www.ephemeraweb.org

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Out 2014
  • Data do Fascículo
    Dez 2005
Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia Av. Reitor Miguel Calmon, s/n 3o. sala 29, 41110-903 Salvador-BA Brasil, Tel.: (55 71) 3283-7344, Fax.:(55 71) 3283-7667 - Salvador - BA - Brazil
E-mail: revistaoes@ufba.br