Resumo
As reflexões sobre a pesquisa participativa e colaborativa comumente negligenciam prestar atenção ao fato de que, para os pesquisadores comunitários, a pesquisa sobre suas próprias realidades frequentemente assume formas muito diferentes daquelas dos acadêmicos. Eles podem usar métodos que são mais explicitamente intuitivos e podem partir de abordagens que envolvem a coleta e sistematização rigorosa de dados. Este artigo explora o que a pesquisa pode ter significado para os camponeses caribenhos do início dos anos 1970, com quem o sociólogo colombiano Orlando Fals Borda desenvolveu sua abordagem que hoje é chamada de pesquisa-ação participativa. Em particular, concentra-se nas notas de campo de Alfonso Salgado Martínez, líder da Associação Nacional de Usuários Camponeses-Linha Sincelejo (ANUC, Asociación Nacional de Usuarios Campesinos-Línea Sincelejo), justapondo-as a seu trabalho publicado, ambos lidos em comparação às próprias notas e escritos de Fals Borda.
Palabras clave:
Investigación-Acción Participativa; Orlando Fals Borda; Colombia